SINTOMATOLOGIA DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO EM CIRURGIÕES DENTISTAS

Resumo

     Considerada como uma profissão “estressante”, a Odontologia vem sendo frequentemente associada a agravos à saúde, tanto de ordem física quanto psíquica. Observando a interligação existente entre as posturas adotadas pelos cirurgiões dentistas, os fatores desencadeantes da Síndrome do Desfiladeiro Torácico, a elevada taxa de acometimento em nível de ombros nesta classe, e, a escassez de estudos referentes a esta síndrome, o objetivo central deste trabalho foi de avaliar a incidência da sintomatologia da síndrome do desfiladeiro torácico em cirurgiões dentistas da cidade de Campina Grande-PB. Para obter as informações, foi realizada uma pesquisa quantitativa, do tipo transversal, exploratória e descritiva, através da utilização dos questionários, WHOQOL BREF modificado e Check-List de Couto. Foram entrevistados profissionais que prestam serviço nas Unidades do Programa Saúde da Família (PSF). Em relação às características sócio-econômicas, 79,2% dos profissionais eram do gênero feminino e 70,8% encontrava-se em uma faixa de 25 – 40 anos, com tempo de profissão entre 6 – 20 anos (41,6%). 58,3% referiram à sintomatologia dolorosa localizada na região de ombro e cervical. Quando confrontado a frequência de dor física, com a incapacidade em realizar tarefas, 45,8% enquadraram-se no escore médio. 66,67% não tinham possibilidade de descanso, enquanto que 33,33% realizavam pausas entre 5 a 10 minutos entre o atendimento. De acordo com o Check-List de Couto, grande parte dos cirurgiões dentistas participantes desta pesquisa está inserida nos escores de risco moderado e alto risco.

Palavras-chave: Check-List de Couto. Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Dentistas.